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sexta-feira, dezembro 23, 2005

Os meus Votos


Gostaria de desejar a todos aqueles que me visitem por estes dias um Natal muito feliz. Espero que o passem junto das pessoas que mais amam e que sejam uns dias muito felizes para todas. Às que já receberam a prenda por que tanto ansiavam, que vivam esse estado de graça em toda a sua plenitude e que continuem a experimentar essa felicidade em cada momento, com a mesma intensidade com que a sentiram no primeiro instante. Às que continuam à procura de um sonho, como eu, que 2006 seja o ano de todos os milagres, de todas as estrelinhas, para todas nós. Já sabem o que eu vou desejar para o próximo ano, não só para mim, mas para todas vós… A todos, desejo que o ano de 2006 seja melhor que o que acaba.

Deixo-vos durante uma breve semana durante a qual vou tirar férias do trabalho, do computador, da net e, se Deus quiser, da própria infertilidade (pelo menos vou tentar). No entanto, vou ter-vos no pensamento e no dia 3 espero regressar cheia de saudades e ansiosa por notícias vossas.
Beijinhos a todas(os)

quinta-feira, dezembro 22, 2005

Eu tive um Sonho...

Sonhei que o meu bebé tinha chegado. Não tinha crescido dentro de mim, não tinha saído de dentro de mim, mas era o meu bebé. Pôs-mo nos braços a minha amiga Moka, que também já tinha um bebé dela, e, dali em diante, era meu, e eu não me consigo lembrar se no sonho estava feliz ou não… Penso que estava satisfeita, assustada e triste.

Desde pequenina, quando decidi que um dia iria ter uma família grande, com muitos filhos, pensava que, se não os pudesse ter naturalmente, os adoptaria. Com o tempo convenci-me que não iria ser necessário e deixei de pensar nisso. Hoje em dia, no entanto, é claro que a adopção volta a fazer parte dos meus pensamentos. Gostaria muito de adoptar, mas não como último recurso absoluto, só no caso de se esgotar toda e qualquer possibilidade de ter filhos biológicos. Não… Gostaria de iniciar um processo de adopção em paralelo com esta minha luta contra a infertilidade, mas a adopção nunca iria substituir o meu desejo de gerar uma vida dentro de mim, de a sentir desenvolver-se e crescer aos poucos, de dar à luz, de amamentar. A adopção seria sempre uma forma mais de dar vida ao meu projecto de ter uma família grande e cheia de crianças, como sempre sonhei.
Por isso é que penso que havia aquela mistura de sentimentos no meu sonho: estava contente por ter chegado um bebé, mas o meu sonho não estava ainda completo…

quarta-feira, dezembro 21, 2005

Que noite!!!!

É mesmo caso para dizer: que noite, minhas amigas!!!!

Comecei por, seguindo o exemplo da Penélope, construir um cantinho de Natal lá em casa: coisa simples, mas pelo menos há algum sinal lá em casa de que estamos a atravessar uma época festiva. Só foi pena no fim ter-me dado uma tristeza........ não me perguntem porquê...

Às 22h30, o documentário a Vida no Ventre no canal 2. Já tinha ouvido falar tanto que tive que ver: e de facto é lindo, é comovente, é impressionante. Fiquei maravilhada a ver aquilo, mas no fim deu-me uma tristeza.... E se aquele milagre nunca acontecer dentro de mim? Não! Não posso pensar assim: Vai acontecer!.....

Com estas emoções todas, passei a minha hora certinha de dormir e fui ficando pelo sofá. À meia-noite na SIC, Sexo e a Cidade (adoro!!!): 2 episódios! Mas até aí, Charlotte com problemas de infertilidade, Charlotte em tratamentos, Charlotte engravida, Charlotte perde o bébé... Meu Deus, chorei tanto.....

Com tudo isto deitei-me às 2h30 (!!!!) e às 6h00 (!!!!) já estava acordada, sem despertador sem nada (que só toca às 7h00).

Como vêem, tudo a concorrer para me deprimir e para me pôr para baixo, mas isso NÃO VAI ACONTECER! Ouviram??!!! Estou bem disposta, estou num dia SIM: o Natal e uma semaninha de férias estão à porta, cada dia que passa me aproxima mais da próxima consulta e 2006 vai ser um ano em GRANDE!!!!

PS: Queria deixar um beijinho muito grande à Nany. Aconteceu amiga, acredita!!!! Feliz Natal!!!

terça-feira, dezembro 20, 2005

A minha História TODA

Quando comecei a pensar em engravidar, achei que ia ser tudo muito fácil. Aliás, mesmo antes disso, sempre achei que nunca iria ter problemas em engravidar: sempre fui muito regular (com pílula, sem pílula, depois de deixar a pílula…), sempre tive um período normalíssimo (ou pensava eu que o era), e nunca tive os problemas pelos quais passavam algumas das minhas amigas. Algumas tinham ciclos enormes, ou irregulares ou quando deixavam de tomar a pílula estavam imenso tempo sem lhes vir o período, e, aos poucos fui-me convencendo que eu devia ser uma mulher muito fértil…
Logo à primeira (PRIMEIRA!!!) tentativa, mesmo sem fazer grandes contas, quando o período apareceu no fim do ciclo (ainda por cima com uns diazinhos de atraso), senti a primeira pontada de dor e angústia, mas achei que era uma estupidez. A partir daí, comecei a fazer as contas direitinhas (afinal tinha tido biologia até ao 12º ano, por isso sabia perfeitamente como é que estas coisas funcionam) e comecei a concentrar os meus (nossos) esforços n’ Aqueles Dias. E mesmo assim, nada…
Sem querer ainda entrar em grandes desesperos (sabe Deus à força de que auto-controlo), passados 6 meses (Fev/04) decidi ir ao ginecologista “ver se estava tudo bem”. Fiz umas análises hormonais (tudo bem), mas o médico detectou-me um quisto no ovário esquerdo e mandou-me tomar a pílula para ver se o malvado desaparecia (lá se foi o auto-controlo e desatei a chorar logo ali no consultório).
Entre consultas e ecos tive que tomar a pílula durante 9 meses (!) até ele desaparecer e depois fazer mais uma pausa de 3 meses antes de reiniciar as tentativas.

Nove meses depois de recomeçar a tentar, e depois de muito choro e desespero a cada nova esperança desfeita (a cada aparecimento do período) e sem vontade nenhuma de voltar ao médico anterior com medo que ele me voltasse a dar nova dose do mesmo tratamento, resolvi (e muito bem) consultar um especialista e decidi-me pela Clínica do Prof. Alberto Barros. Tive a minha primeira consulta em 07/Outubro deste ano e depois de alguns exames (análises, HSG, espermograma, eco), no dia 21/Novembro, o primeiro veredicto: 9% de espermatozóides normais (embora em grande quantidade e com boa mobilidade, pelo que este problema apenas não seria relevante), 1 trompa parcialmente obstruída, de novo 1 quisto de 5 cm no ovário esquerdo, e tudo isto causado, segundo o médico, por ENDOMETRIOSE. Se não queremos andar a perder mais tempo, partir directamente para FIV ou ICSI. Nesse dia o mundo caiu-me em cima. Acho que ainda não me tinha convencido que havia de facto um problema, e quando me confrontei com ele, fiquei de rastos…

Mas isso agora também já passou (quer dizer, de vez em quando continuo a ter uns dias menos bons, mas acho que preciso deles para voltar cá acima) e neste momento estou de novo a tomar a pílula para em Janeiro ir a uma nova consulta para confirmar o diagnóstico inicial e, se estiver tudo bem, planear e iniciar um tratamento. E depois, não sei… O futuro o dirá, mas a esperança é MUIIIIITTTTAAA!!!

segunda-feira, dezembro 19, 2005

ADOREI, ADOREI, ADOREI!!!

Sábado fui conhecer ao vivo e a cores algumas das minhas amigas virtuais do fórum pinkblue. Combinámos encontrar-nos no Lais de Guia, em Matosinhos e lá, encontrei-me e dei um rosto às minhas amigas cvieira (a mentora do encontro), Babrinha - Sol e Lua, Guida R, Alex2005 e Alicia. Foi simplesmente o máximo! Confesso que cheguei ao ponto de encontro extremamente nervosa, mas depois tudo correu muito bem. Bem, tirando o facto de ter ido para lá sem um tostão na carteira e ter sido “obrigada” a cravar dinheiro para pagar o meu descafeinado à cvieira exactamente 5 minutos depois de a ter conhecido. Eu sou mesmo assim: gosto de causar uma boa primeira impressão, pois sei o quanto isso é importante para estabelecer relações sólidas!...
Adiante... Estivemos das 15h00 às 19h00 (!!!) na conversa e é incrível a forma como o tempo voou sem estarmos a fazer nada de especial, só conversar. Falámos de tudo e mais alguma coisa e foi uma tarde inesquecível, que espero repetir muito em breve (com ainda mais participantes), quanto mais não seja para pagar a minha dívida.
Bem, só posso dizer que foi uma sensação indescritível conhecer pessoas com quem falo há tanto tempo e todos os dias na net, com as quais me identifico tanto, e se a imagem nem sempre corresponde àquilo que se tinha imaginado (não consigo deixar de idealizar e imaginar, involuntariamente, rostos para as pessoas que conheço virtualmente), depois de alguma conversa, acaba-se por reconhecer de forma inequívoca as características de cada uma, as suas personalidades e individualidades que, essas, aprendemos a conhecer tão bem através das mensagens que vamos trocando diariamente. E se é bom trocar mensagens escritas com pessoas que entendem tão bem o que sentimos, muito melhor é poder falar com elas e partilhar tantas experiências, tantos sentimentos tão semelhantes que todas conhecemos, e até rir de coisas que a maior parte das vezes nos fazem chorar, só porque estamos todas sintonizadas e sabemos bem que o riso é só mais uma forma de lidarmos com tudo isto...
Amigas, adorei mesmo. Obrigada.
Espero que a tradição se mantenha e que, dentro de alguns dias/semanas, uma destas meninas seja contemplada com um lindo milagre que nos encha a todas de felicidade e ainda mais esperança. Fico à espera!...

Para além deste encontro maravilhoso, voltei a estar com a minha grande Amiga Moka, o que é também sempre uma coisa muito boa, e que neste Sábado foi mais uma vez (como tem sido sempre para mim e mais ainda nos últimos tempos, quando mais tenho precisado) uma Amigona! Porquê? Porquê??!!!!! Eu explico:
Aturou o meu nervosismo antes do meu encontro com as meninas do fórum;
Ofereceu-me uma prenda linda que trouxe da última viagem que fez à Irlanda (um pacotinho de sementes de trevo da sorte para eu plantar no meu jardim, na esperança que apareçam muitos de 4 folhas!);
Levou-me ao ponto de encontro uma vez que eu não fazia ideia de onde era o Lais de Guia;
Fez companhia ao meu maridão enquanto eu estava ao paleio no Lais de Guia e ainda lhe preparou e deu um “ganda” lanche em casa dela, e;
Aturou o meu estado de excitação depois do encontro com as lindas do fórum e ainda me deu lanche a mim também!...
Digam lá, não gostavam de ter uma amiga assim?

E ainda por cima, o meu M., que não era para ir comigo para o Porto, quando eu me levantei e me comecei a arranjar, perguntou-me se eu gostava que ele fosse comigo e, quando eu lhe disse que sim, desmarcou tudo o que tinha combinado para esse dia, e foi-me fazer companhia e estar comigo antes e depois do encontro, só para eu me sentir melhor e para me dar apoio. E no fim do dia ainda conseguimos ir ao Norte Shopping (estava impossível, como podem imaginar, e eu não suporto centros comerciais, muito menos nesta altura do ano!) e acabar de comprar todas as prendas de Natal que ainda faltavam e que me estavam a preocupar tanto porque eram as mais difíceis!

É por tudo isto que eu digo: Eu sou mesmo uma mulher de sorte.

sexta-feira, dezembro 16, 2005

Ontem...

…foi um dia bom. Muito bom. A minha mãe ligou-me e tivemos uma grande e óptima conversa. Sei que ela também está a sofrer e que às vezes nem sabe o que me há-de dizer para me animar. Sei que reza por mim e pede para que o meu grande sonho se concretize. Sei que está sempre pertinho de mim apesar de fisicamente longe.

E tive também uma grande e óptima conversa com a minha irmã, que também está longe de mim (fisicamente). Acho que foi a primeira vez que lhe falei calmamente (da última vez eu estava num pranto e antes disso, falava meia a brincar) sobre o meu problema, sobre o meu estado de espírito, como me sinto, como vou passando por esta experiência, o que faço para tentar lidar com esta dor, como é que o M. me apoia e lida com ela também, enfim… tudo. Estivemos uma hora ao telefone a falar e fez-me mesmo bem. Acho que estava precisar de me abrir assim completamente com ela e que nunca o tinha feito porque, sendo eu a mais velha, a coisa sempre funcionou um pouco mais ao contrário e custava-me um bocadinho falar-lhe como o fiz ontem.

Depois destas conversas todas, fiquei a sentir-me mesmo bem: mais leve e mais serena.

E hoje é sexta-feira!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! É sempre um dia bom, mas hoje ainda mais, porque:
1. Hoje acabo a primeira embalagem de pílulas, das três que o médico me mandou tomar sem pausa antes da próxima consulta em Janeiro, e
2. Amanhã vou-me encontrar com um grupo de amigas virtuais muito especiais que conheci aqui e que me têm ajudado muito (mas mesmo muito) nestes últimos tempos. Aliás, desde que as descobri já aprendi muito, e continuo a aprender todos os dias a ser mais forte, mais positiva e a ACREDITAR.

Beijinhos grandes e até logo ou até 2ª feira (vai depender da inspiração…)

quinta-feira, dezembro 15, 2005

Eu e as outras...

Neste post vou tentar falar dum assunto algo delicado, com o qual tenho alguma dificuldade em lidar, mas bolas!, criei este blog para isso mesmo... Espero que me entendam...
Quando me apercebi que não ia ser muito fácil para mim engravidar, iniciou-se o fenómeno “todas-as-mulheres-à-minha-volta-estão-a-ficar-grávidas-mesmo-as-que-começaram-a-tentar-depois-de-mim”.
A primeira foi uma pessoa de família e ainda hoje me custa explicar o que senti quando soube da novidade: acho que comecei por ficar hiper excitada mas ao mesmo tempo, quase como se me sentisse traída, tipo “mas eu comecei a tentar antes, como é que é possível ela já estar grávida?”. E meia hora depois, já a sós com o M., desatei numa choradeira incontrolável, misturada com uma vergonha enorme por estar a sentir aquilo… Nunca tinha experimentado uma sensação assim e senti-me pessimamente.
Durante muito tempo (até encontrar outras pessoas na minha situação que eu que me mostraram que esta reacção é relativamente normal) achei que era uma pessoa horrível: invejosa, mesquinha, que não conseguia alegrar-se com a felicidade dos outros…Entretanto, outras mulheres da família começaram a engravidar, e depois foram as colegas de trabalho, a seguir as mulheres dos amigos do M., as apenas conhecidas e, finalmente, as minhas melhores amigas… Com toda esta experiência já aprendi a lidar melhor com a situação: no dia em que sei a notícia, há sempre aquela mistura de sentimentos e tenho sempre uma crise de choro que basicamente se resume a “Então e eu?!!!.... Quando é que vai chegar a minha vez?!!” e o eterno “Porquê?!!”. Mas depois passa, e quando os bébés nascem é sempre uma alegria! Só tento é evitar ambientes ou reuniões em que se juntam só mães e grávidas e eu seja a única que não me incluo nem num grupo nem no outro. Pode parecer uma estupidez, mas não consigo deixar de me ver como uma intrusa, uma pessoa que não é normal e nessas alturas, a dor daquilo que me falta para ser feliz toma completamente conta de mim e sofro imenso, chega mesmo a ser uma dor física… Por isso, resolvi poupar-me: não deixei de gostar de ninguém nem de me dar com ninguém mas decidi não me expor a situações que me fazem sofrer, decidi proteger-me. Será cobardia, inveja? Não sei…

Obrigada Blogosfera!

Adorei ler os vossos comentários e sentir o vosso carinho! São umas kridas… Espero que me continuem a visitar!

Pois é, ontem lá fui jantar a Aveiro e beber umas finadas (com moderação, que eu sou responsável, mas só quando tenho que conduzir!) e foi muito bom! Adoro fazer coisas com o M. mas também adoro os meus programas só para gajas, principalmente com esta! E, como prometido, fartei-me de falar, falar, falar: estive-lhe a explicar, na medida do possível e do pouco que eu própria sei, quais são os nossos problemas (meus e do M.) e em que consiste o tratamento que em princípio terei que fazer no início de 2006, FIV ou ICSI. Quando penso que ainda há 3 meses não fazia ideia do que isto era e que hoje em dia sou uma verdadeira especialista!...

E pronto(s), vou trabalhar mais um bocadito…
Tentei adicionar aqui na minha sidebar os links para os vossos blogs mas, ou eu sou muito maçarica, ou então não percebo mesmo nada disto, portanto, se alguém me quiser dar umas luzitas…

Beijinhos grandes

quarta-feira, dezembro 14, 2005

Novo dia

Ontem iniciei este blog num estado de espírito que não era o melhor, mas hoje, felizmente, é um novo dia, um dia SIM!
O meu problema continua a existir, mas a forma como olho para ele e como o sinto é que é diferente (por hoje pelo menos).
Tenho que aprender a ter cada vez mais dias SIM e acabar com os dias NÃO.

E hoje vou jantar a Aveiro com uma grande grande AMIGA e vou poder falar, falar, falar daquilo que me vai na alma, sem ter medo de estar sempre a dizer a mesma coisa e de estar a incomodar ou a ser chata, porque com ela não há lugar para essas coisas.Acho que a maior parte das pessoas não entende a necessidade que eu tenho de falar neste problema da infertilidade, devem pensar que sou uma obcecada, que estou a fazer disto um bicho de sete cabeças, e se calhar até estou, mas é que esta coisa está sempre na minha cabeça: 24 horas por dia, sete dias por semana… E eu preciso de falar nele! Acho que foi também por isso que criei este blog. Para falar. Para vir aqui, nem que seja todos os dias, dizer o que me vai na alma. Pode ser que um dia me canse, mas enquanto isso não acontecer, andarei por aqui…

terça-feira, dezembro 13, 2005

Primeira vez...

... e quem sabe a última?

Terei coragem, tempo, e tudo o que é preciso para manter este cantinho?

Não sei. O primeiro passo está dado: vamos ver se outros se lhe seguem...