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segunda-feira, janeiro 09, 2006

Dá Deus nozes...

Na 6ª feira, como prometido, voltei ao ginásio, para descobrir que a professora das aulas aeróbicas está grávida de 6 meses e meio. É verdade. Quando lá cheguei, o meu M., que já lá estava, disse-me, meio aflito “É verdade, a professora está grávida…” assim como quem quer dizer “olha lá, se quiseres fugir para casa ainda estás a tempo!”. Mas não, não fugi. Não sei porquê, nem sempre reajo da mesma forma a notícias de gravidez e esta não me perturbou muito.

Quando a professora chegou, dei-lhe os parabéns, claro, e depois de algumas piadas sobre a minha ausência e o meu regresso, dei largas à minha curiosidade e perguntei se ela nunca tinha interrompido as aulas, mesmo no início da gravidez, quando os riscos de algo correr mal são maiores. Foi então que ela esteve a explicar que não. Que nem o poderia ter feito porque só se apercebeu que estava grávida aos dois meses. Segundo ela:
“Fiz tantas asneiras no início quando não sabia que estava grávida! Fartei-me de beber, fazia montes de exercícios, incluindo abdominais. E depois, como me continuava a vir o período, nunca pensei que estivesse grávida. Mas afinal não era o período, eram perdas de sangue devido a descolamento da placenta (!!!). Mas graças a Deus, está tudo bem, e nunca deixei de dar aulas.”.

E isto fez-me pensar em tanta coisa… Como é possível que, nuns casos, estas coisas aconteçam quase por acaso, sem planeamento, sem as pessoas terem qualquer tipo de cuidado, e é tudo tão fácil, e corre tudo bem apesar de todos os descuidos e de toda a inconsciência. E por outro lado, eu, que deixei de fumar meses antes de tentar engravidar, que deixei o ginásio com medo que não fosse aconselhável, que deixei de beber bebidas alcoólicas todos os meses depois do período fértil, com medo de que pudesse ter sido nesse mês, que quando decidi trocar de carro comprei logo um monovolume a contar com os filhos que queria ter, e nada… E quando penso que, se algum dia tiver a felicidade inimaginável de ficar grávida, vou ter medo de fazer o que quer que seja que possa colocar esse sonho em risco, que vou viver esse estado como se de um verdadeiro milagre se tratasse, todos os dias…

Será que as mulheres que engravidam sem qualquer problema, sem o desejarem sequer activamente, percebem realmente o milagre que lhes aconteceu? Será que têm consciência da sorte imensa que tiveram e que dão o devido valor a essa dádiva divina da fertilidade? E olhem que não estou a falar do amor que vão sentir pelos filhos, mas apenas da consciência de que a gravidez que carregam é, em si mesma, um milagre imenso, um tesouro a proteger e a tratar com todo o cuidado.

Conheço outro caso de uma amiga minha que engravidou também sem estar a tentar sequer e que depois disso continuou a trabalhar como uma perfeita obcecada, algumas 14 horas por dia, Sábados, Domingos, feriados, e quando eu lhe tentava fazer ver a loucura que ela estava a cometer, ela dizia sempre que tinha muito trabalho e que gostava daquilo que fazia e se sentia muito realizada e que não tinha mal nenhum. Até que, devido ao stress e aos excessos, teve que vir para casa em repouso absoluto porque aos 6 meses de gravidez estava em risco de ter o bebé. E mesmo assim, quando veio para casa, a grande preocupação dela continuou a ser o trabalho, que a empresa onde ela trabalhava não ia sobreviver sem ela (pois!) e passou a ter todos os dias a visita de colegas em casa para por o trabalho em dia! Acham isto normal? Nessa altura, até me afastei um pouco, porque tive medo de perder o comedimento e de lhe dizer algumas coisas que me iam na alma e que ela nunca iria entender… É preciso passar por algumas coisas para as entender…

15 Comments:

At 10:23 da manhã, Blogger Rita_in_UK said...

Realmente... Ja dizia o outro, "o que tem de ser... tem muita forca...".
Eu tambem me privo de muita coisa em prol de uma eventual gravidez, e fico muito chocada quando oico gravidas a dizer coisas como "estou farta desta barriga", ou a desprezarem o bebe' que carregam.
Bjinhs,
Rita

 
At 10:35 da manhã, Blogger Unknown said...

Querida amiga,
As histórias que nos contáste hoje não são passíveis de generalização, felizmente.
Seja como for, acho que quando conseguires engravidar tens que tentar combater esse medo excessivo de tudo.
Tenho uma colega aqui no trabalho que nunca me falou da sua infertilidade, embora eu soubesse, e ao fim de quase 4 anos lá conseguiu engravidar. E olha, estava mais relaxada do que nunca e aos 5 meses de gravidez foi para os Açores e andou para lá no mar cerca de 5/6 horas a ver baleias!!!
Estou em crer que o medo que sentimos ainda por ter de enfrentar todas estas adversidades, será ultrapassado qd tivermos as nossas estrelinhas junto de nós.
Beijinhos
Alexandra

 
At 10:44 da manhã, Blogger Mamã artesã said...

De facto... a vida é engraçada. Uns têm sem querer e outros nem querendo conseguem. É assim mesmo miga. Só tens mesmo é de ter fé e acreditar que vais conseguir realizar o teu sonho de ser mamã. Tenta relaxar e não pensar nisso (sei que é difícil) e vais ver que tudo será mais fácil.
Joquinhas
Sofia

 
At 10:45 da manhã, Blogger Anna72 said...

Estas histórias deixam-me perplexa! Parece que quanto mais cuidado temos pior é! Quando eu comecei com sintomas de aborto, perguntei à minha médica se não era melhor ficar em repouso e a resposta dela foi: se tiver que acontecer tanto acontece na cama como a trabalhar. E é verdade! Estas histórias e a nossas tristes experiências também servem para nos ensinar a encarar o futuro de outra forma.

Beijocas

 
At 12:11 da tarde, Anonymous Anónimo said...

pois é amiga, se alguma ve leste comentários meus a dizer qq coisa do género trabalho com crianças e vejo estes cassos com frequencia, é mm isto vi mtas vezes mães de meninos a dizer q estavam gravidas outra vez e que nem queriam , q n dava geito nenhum. Não dava geito?
infelizmente há mta coisa q se passa q n é para nós entendermos, q nos ultrapassa. bjs Tuga

 
At 1:06 da tarde, Blogger Nany said...

Pois, à quem não perceba que ter um filho não é exactamente um acaso biológico, é mais do que isso. Muitas nao sabem nem fazem por mal, mas outras só apetece estrangular.
Neste momento deixo andar, tenho esperanças que caiam em si e que respeitem o ser que as ama. Tenho por experiência que não vale a pena falar com elas, são irredutíveis e sí fazem pior. Acho que muitas vezes querem chamar a atenção para si e não para o bebe.
Privarmo-nos daquilo que nos posssa fazer mal ou ao bebe é normal, anormal é não fazê-lo. São meses mágicos e o nosso milagre merece. Depois temos todo o tempo do mundo.
Tive uma professora de aeróbica que também estava grávida e que só quando a barriga começou a pesar deixou de dar tanto pulo.
Faz o que sentires ser o correcto, assim estás em paz contigo e tudo vai correr bem.

 
At 4:35 da tarde, Blogger sonia said...

Puxa.
Há coisas que relamente me custam a entender, mas que de facto existem.
Há uns anos a minha prima engravidou, tinha 15 anos e eu já 18. Eu era a sua confidente mas quando a questionei sobre ter tido relações sem o minimo de consciência, respondeu-me que só o tinha feito 1ª vez. Como era mto irregular na menstruação, só se apercebeu de estar grávida quase 3 meses depois, a bébé nasceu de 28 semanas e esteve mto tempo em incubadora em Coimbra. Hoje, já com 27 anos tem outra filha (do mesmo pai), mas esteve 3 anos para conseguir engravidar!

enfim, não se entendem muitas coisas que acontecem diáriamente. Mas o importante é nunca ter nada como garantido. A vida trás e leva, sem nunca nos avisar.

beijinhos e força!

 
At 5:04 da tarde, Blogger Bárbara - Sol e Lua said...

Entendo-te muito bem e por isso dou comigo por vezes apensar como é possivel estar gravdia mesmo e a pensar no milagre que é e dou comigo nestes pensamentos.....depois olho para o aldo e vejo tal como tu, mulheres sem cuidado, que engravidam e perdem e nem ligam.....estranho como uns têm a mais outros a menos!

Mas estou certa que conseguirás neste 2006 começar a encher a monovolume:-)

Bjocassssssssssssss

 
At 6:57 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Musa, o relato que fazes é-me familiar, pois já ouvi histórias identicas e pensava o mesmo que tu. Nessas alturas, revoltava-me muito!
Nós amamos um filho desde que o desejamos. Estamos anos a amar um filho que acreditamos que virá. Quando o conseguimos, ele é a nossa própria vida. Elas amam quando veêm duas riscas cor-de-rosa, ou com 1º eco.
Nós não amamos mais ou menos, mas damos um valor desmesurado à vida que teima em não crescer dentro de nós!
Enfim... quem disse que a vida é justa!... mas pode ser muito compensadora!
Beijos, musa inspiradora!
Diva

 
At 7:24 da tarde, Blogger Susy said...

Querida ninguém te prometeu uma vida fácil nem justa porque isso não existe!
Apenas te posso pedir k lutes sempre como eu tb tento e vais ver k logo logo vamos ter boas notícias...
Jinhos doces
Susy

 
At 7:51 da tarde, Blogger Bem Me Queres said...

Amiga,

Quem disse que a vida era justa, enganou-se redondamente. Infelizmente não fomos bafejadas pela sorte, mas tenho a certeza que saberemos dar um valor mais especial à maternidade. Por isso vai saber ainda melhor......
Beijinhos doces para animar!
Cláudia

 
At 8:55 da tarde, Blogger criolinha said...

Oi musa,
É verdade... às vezes penso nisso também. Mas esta provação só pode fazer de nós pessoas mais bem preparadas e melhores mães.

Beijinhos

 
At 10:50 da tarde, Blogger X said...

"Será que as mulheres que engravidam sem qualquer problema, sem o desejarem sequer activamente, percebem realmente o milagre que lhes aconteceu?"

Pergunto-me isso vezes sem conta! No outro dia ouvi uma entrevista daquela sky surfer portuguesa (Marta qualquer-coisa) que foi a primeira mulher a fazer sky surf algures no pólo norte... e ela confessou que no início da gravidez chegou a saltar lá de cima e a dar voltar no ar!

Enfim... Há-de chegar a nossa vez, com ou sem cambalhotas, com ou sem saltos, com ou sem abdominais! ;)

 
At 2:46 da tarde, Blogger Clara said...

Tu no tíulo disseste tudo!!!

Bjos

 
At 7:05 da manhã, Blogger Bunny said...

Ja cheguei à conclusao q independentemente do que fizermos o q tiver q ser será. Qdo estive gravida quase n me mexia e passadas 9 semanas ...enfim...
É o q tem q ser amiga,...
Mas Deus é grande!
Beijinhos com mta mta ternura

 

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