É mesmo um casalinho que aí vem para alegrar e encher esta casa de choros e fraldas!
E se os pais babados não mudarem de ideias entretanto, Dezembro verá chegar uma Leonor e um Dinis!
Leonor porque sempre foi o nome que mais adoro e Dinis porque foi o único que gerou consenso entre os progenitores!
Como sempre, na hora de me deitar na marquesa para fazer a ecografia, o coração parecia querer sair-me pela boca e o aperto no estômago era quase paralisante. Os meus olhos fixos no rosto da médica mais do que no monitor, onde eu poderia não perceber o que se estava a passar, até ouvir as palavras mais lindas, o poema mais melodioso, a música mais doce para os meus ouvidos “está tudo bem”, e sentir-me então ser invadida por um alívio e uma felicidade tão grandes e, mais uma vez, as lágrimas aparecerem ao canto dos olhos e ameaçarem saltar a qualquer momento… Só depois perguntei se era possível determinar o sexo dos bebés e a médica, após uma observação cuidadosa de cada um deles afirmou peremptoriamente, primeiro “é uma menina” e, depois de ver o segundo “e aqui temos um rapaz”. O Dinis está cá em cima (por cima do meu umbigo, atravessado) e a Leonor está do meu lado direito, na vertical, de cabeça para baixo!
São tão lindos!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
É tudo tão inacreditável ainda!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
A tarde foi passada no shopping enquanto o M. foi trabalhar e, finalmente, pude dar azo à minha ânsia de comprar as primeiras roupinhas cor de rosa, tão lindas!!!!!!!!!! Foi difícil controlar-me mas penso que não me excedi demasiado…
Quando voltávamos para casa, já depois de termos jantado num dos nossos locais favoritos sobre o Mondego, e enquanto ouvíamos no carro a deliciosa música do álbum “Cinema” do Rodrigo Leão, a vida ou aquele momento em particular pareceu-me tão perfeito, tão maravilhosamente próximo da plenitude e felicidade absolutos que cheguei a ter medo que tudo acabasse de repente, com um carro desgovernado a embater contra nós, ou uma qualquer catástrofe natural a abater-se sobre a nossa existência, como se não fosse possível existir tanta perfeição, tanta beleza…
Mas não, o estado de graça continua, a vida é bela…